Controle dados de custos para reduzir gastos e aumentar a eficiência produtiva.
O principal motivo para se fazer a Gestão de Custos, ou Custeio, é reduzir gastos desnecessários e excessivos, aproveitando ao máximo a eficiência produtiva.
Quando todo o processo está em um sistema automatizado é mais bem controlado, com maior precisão e facilidade de leitura, pois os gastos são oferecidos em listas e monitorados. Isso torna os gastos muito mais fáceis de identificar, controlar, e possibilita saber se a aplicação deles está realmente gerando retorno.
Existem vários métodos de apropriação e controle de custos. Tais métodos têm aplicações específicas e um não substitui o outro, mas se complementam.
Os dois métodos mais tradicionais, usados com maior frequência na indústria de transformação e comercial, são Custeio por Absorção e Custeio Variável.
Aqui vamos tratar destes e de outros que são relevantes ao tema.
Vamos começar!
Método de Custeio por Absorção
Consiste na apropriação de todos os custos com produção, sejam variáveis ou fixos, para os produtos elaborados dentro de um determinado regime de competência.
Essa metodologia de custeio é considerada adequada para a avaliação de estoques pela Contabilidade Financeira, para fins de levantamento de Balanço Patrimonial e de Resultados, com a finalidade de atender a exigências fiscais e societárias, entre outras.
Por esse método, todos os custos variáveis e fixos, estes identificados, normalmente, como Custos Indiretos de Produção, são parte integrante dos custos dos itens produzidos e serão transferidos contabilmente para o estoque de produtos elaborados.
Método de Custeio Variável
Considera como custo dos produtos elaborados somente os custos que variam proporcionalmente ao volume de produção, ou seja, os custos variáveis de produção.
Os custos fixos de processo são considerados como custos do período e serão contemplados na demonstração de resultados da empresa.
Este método permite conhecer a margem de contribuição de cada produto ou linha de produtos, possibilitando gerenciar a produção de itens de melhor margem.
Outros métodos para fins gerenciais:
Método de Custeio pelo Sistema de Custo-Padrão
Também chamado de Custo-Padrão, este conceito de Custeio para fins gerenciais tem a finalidade de estabelecer ou simular os custos de um produto com base em dados técnicos de produção e da ficha técnica dele, como consumo de matérias-primas, tempo de processo-padrão e gastos de fabricação em relação a parâmetros preestabelecidos.
Além disso, o Custo-Padrão é utilizado para determinar o preço de venda, ao considerar também gastos com mão de obra direta, custos indiretos de fabricação, despesas administrativas e variáveis de venda e financeiras, contemplando:
- Apropriação do consumo de matérias-primas aos custos dos produtos com base na engenharia de produto deles;
- Alocação de gastos orçados ou históricos de determinado período a centros de custo auxiliares e produtivos;
- Apropriação e distribuição dos gastos alocados dos centros de custo auxiliares aos centros de custo produtivos, por meio de critérios racionais;
- Apropriação dos gastos dos centros de custos produtivos aos produtos ou serviços, por meio da determinação do custo previsto de processo deles.
Em resumo, o sistema de custeio gerencial por Custo-Padrão permite, além da apuração do custo em si, permite fazer simulações visando a:
- Estabelecer o Custo-Padrão/Gerencial da produção;
- Formar os preços de vendas, em função dos custos de produção, despesas administrativas, despesas variáveis de venda e margem de lucro desejada;
- Simular a lucratividade e rentabilidade dos produtos, considerando preço de venda praticado no mercado, por produto, pedido, cliente e representante;
- Simular a margem de contribuição dos produtos, por produto, pedido, cliente e representante, com base no custeio direto;
- Calcular o ponto de equilíbrio em função da carteira de pedidos e os custos fixos de determinado período;
- Avaliar o desempenho previsto de produtos, pedidos comerciais, clientes e representantes, com base nos custos, despesas e preços de vendas praticados.
Outros métodos – para fins contábeis:
Método de Custeio pelo Sistema de Custo Real
O método de Custeio para fins contábeis, chamado de Custo Real de Produção, ou simplesmente Custo Real, determina os custos de produção assumindo os valores reais efetivos de gastos em um determinado período, que são quantificados por regime de competência de acordo com o intervalo de tempo em que ocorrem, não importando quando serão pagos. Ou seja, o Custo Real tem a fazer o Custeio com base nos consumos de matérias-primas e tempos de produção reais, mensalmente, por exemplo.
Principais características do Custeio Contábil / Custo Real:
- Apropriação, distribuição do consumo real de matérias-primas aos custos dos produtos;
- Alocação, por meio de lançamentos contábeis, de gastos reais de determinado período a centros de custo auxiliares e produtivos;
- Distribuição dos gastos alocados dos centros de custo auxiliares aos centros de custos produtivos, por meio de critérios racionais;
- Apropriação dos gastos dos centros de custos produtivos aos produtos ou serviços, por meio da determinação do custo de transformação deles.
Como podemos ver, a base de dados para o Custeio Real é a movimentação de materiais, desde a entrada da matéria-prima até a entrada em estoque dos produtos finais, passando por todo o processo.
Um sistema de Custo Real eficaz deve estar habilitado para custear os produtos nas diversas fases em que se encontram, considerando as características específicas e parâmetros de cada fase, para fornecer um diagnóstico completo, preciso e claro ao gestor. Além disso, deve ser capaz de valorizar os estoques, de modo a permitir a avaliação deles pela Contabilidade Financeira, para fins de levantamento do Balanço Patrimonial e de Resultados, e para atender às exigências fiscais e societárias, entre outras.
Assim, com base no faturamento, nos CPVs (custos dos produtos vendidos), nas despesas fixas e variáveis, incluindo os tributos e as devoluções, chegamos ao resultado do período, com um mapeamento dos pontos com potencial de aprimoramento.
Em resumo, o Custeio Real deve nos permitir:
- Valorizar os estoques de matéria-prima, produtos em elaboração, produtos acabados e materiais de almoxarifado;
- Obter o custo real da produção;
- Contabilizar os estoques valorizados para atender às exigências fiscais e societárias da empresa;
- Demonstrar o resultado do exercício (DRE).
Conclusão
Com o suporte de todo esse rol de informações mapeadas e organizadas, a indústria obtém máxima eficiência produtiva, pois reduz gastos e melhora o desempenho do negócio, o que se reflete em maior competitividade.
Métodos de Custeio tornam possível entender o rendimento e o desempenho das mais diversas atividades, e assim, orientar a melhor tomada de decisões, promovendo o controle e fundamentando de maneira sólida o planejamento e o desenvolvimento das operações internas e externas da empresa.
Sistemas informatizados devem contemplar todas as variáveis, conceitos e informações relativas aos Custos, considerando a expertise e as demandas específicas de cada negócio, para garantir a melhor gestão dos recursos e a máxima rentabilidade final para cada segmento.
Obrigado, e até a próxima!