Maior LUCRATIVIDADE com o refinamento da gestão.
Como já falamos, o comportamento, as atitudes e o modo de operar de uma empresa são refletidos na redução ou no aumento dos custos. Quanto mais automatizada, padronizada, estruturada, sequenciada e confiáveis forem as informações de custos, melhor será sua gestão e, consequentemente, a lucratividade.
É preciso estruturar o sistema de custeio para a obtenção de informações sólidas, pois a complexidade está no tratamento dos dados. Os objetivos básicos de um sistema de custeio estão em administrar seus custos para fins gerenciais e contábeis. Mas é possível ir além disso, e gerar redução de custos e maior rentabilidade. E este será um grande diferencial competitivo de sua indústria.
Vamos entender melhor este tema!
Conceito e estruturação de Custos
Os termos Gastos, Custos, Despesas e Investimentos são bastante utilizados na linguagem contábil, por isso vamos conceituá-los, promovendo melhor interpretação a respeito.
Gastos: valores dispendidos com o objetivo de adquirir bens e serviços destinados à transformação que gera outros bens e serviços.
Custo: são gastos destinados à produção, na transformação de materiais para gerar outros bens e serviços.
Despesa: gastos gerados direta ou indiretamente, para a obtenção de receitas, e ocorrem em função da existência das áreas internas da empresa, como administrativa, marketing, comercial, entre outras.
Investimento: valores decorrentes da aquisição de bens e serviços que fazem parte do ativo imobilizado da empresa (máquinas, equipamentos e materiais adquiridos e estocados).
A interpretação desses termos vai nos permitir entender mais claramente os critérios de custeio, que veremos adiante.
Custos e Despesas industriais
Nas atividades industriais e comerciais incorre uma série de gastos, para realizar seus processos de administração de recursos, compras, produção, comercialização, etc. Esses gastos nem sempre são considerados Custos.
Vejamos uma estrutura da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), simplificada:
Como se pode observar neste modelo simples de DRE, os Custos e as Despesas são tratados separadamente.
Os Custos são decorrentes da transformação de matérias-primas em produtos elaborados, já as Despesas são decorrentes da administração da empresa e da comercialização dos produtos. A seguir, agrupamos os departamentos de uma empresa de acordo com seus tipos de gastos.
Fábrica e Produção
Fábrica: abrange os centros de custos onde ocorrem os Custos, como almoxarifado, manutenção, laboratório, planejamento de produção, etc.
Produção: centros de custos que efetivamente produzem, como filatórios, urdimento, tecelagem, tingimento, corte e costura, entre outros.
Administração e Vendas
Administração: contempla todos os centros de custos, como recursos humanos, contabilidade, tecnologia da informação, por exemplo.
Vendas: constitui-se pelos centros de custos relacionados à comercialização dos produtos, como vendas, atendimento ao cliente, marketing, etc.
Classificação de Custos e Despesas
Para determinar o custo dos produtos dentro de um processo de transformação, classificamos em:
- Diretos: são aqueles custos que podem ser convenientemente identificados com a produção de bens e serviços, como materiais diretos e mão de obra direta.
- Indiretos: todos os demais custos de produção, como aluguéis, depreciação e salários.
Classificação pelo comportamento em relação às variações de volume:
- Custos e Despesas Variáveis: estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda.
- Custos e Despesas Fixas: representam a capacidade instalada que a empresa tem para produzir ou vender, independem do volume de produção ou venda.
- Custos e Despesas Semivariáveis: variam em função do volume de produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas proporções. Estes Custos e Despesas têm uma parcela fixa, mas nas demais passam a ser variáveis.
- Custos e Despesas Semifixas: gastos que permanecem constantes dentro de certos intervalos, alterando-se em degraus até atingir um novo nível de atividade.
Identificação: a regra é considerar como Custo Direto todo elemento de custo cuja quantidade aplicada ao produto possa ser perfeitamente identificada. Já o elemento de custo cuja quantidade aplicada ao produto não possa ser perfeitamente identificada é um Custo Indireto.
Outras classificações que merecem ser mencionadas, pois facilitam a compreensão do sistema de custeio:
- Custos Primários: mão de obra direta, matéria-prima e insumos aplicados à produção.
- Custos de Transformação: custos de processo, custos gerados pelos gastos gerais de fabricação alocados ao processo para transformar a matéria-prima em produto elaborado. Também conhecidos como Custos de Conversão.
- Custos de Produção: são todos os custos relativos à produção de itens elaborados, matéria-prima e insumos, mão de obra direta e Custos Indiretos.
Como dissemos, a complexidade está no tratamento dos dados, e convenhamos, são muitos os dados a serem tratados. A boa notícia é que em um sistema informatizado especialista, já na engenharia de produto e processos, todas essas variáveis e informações são consideradas, e assim, cria-se o modo operante da empresa em relação a Custos, no qual todas as variáveis são tratadas e nada fica a ser definido em momentos turbulentos e passíveis de erros ou distrações.
Além disso, as informações estarão em uma ferramenta única, padronizada, estruturada, sequenciada e confiável.
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Este é o segundo de uma série de três artigos sobre CUSTOS na INDÚSTRIA, acesse o último artigo no link abaixo.
- Métodos de custeio aplicáveis à produção
Até mais!
